terça-feira, 15 de setembro de 2009

'Não sei mas sinto que é como sonhar'


Não adianta, não consigo fugir dos pensamentos à noite. Chego em casa sempre prometendo passar um tempo com meus pais, estudar, comer alguma coisa nutritiva... mas a cabeça fica a mil por hora quando na verdade deveria se acalmar... Acho que meu problema com o sono é esse, super população de pensamentos. O problema é que esses pensamentos de certa forma só me trarão sentimentos ruins. São aqueles pensamentos que se procura exterminar antes que ele nos extermine; Parece que esses ficam escondidos ou perdidos na imensidão que é a nossa mente e quando podem, manifestam-se.
Hoje recebi uma notícia que me deixou super feliz, mas ao mesmo tempo preocupada. Uma amiga passara na primeira etapa para o curso de medicina em uma faculdade do Rio. Logo que recebi a notícia a emoção me contagiou; um abraço como forma de demonstrar essa alegria logo se manifestou. ‘Nossa, essa deve ser a melhor sensação do mundo, a de conseguir algo o qual lutamos tanto por. ’ ‘Como será que eu vou me sentir quando eu realizar esse pequeno sonho? Será que você é capaz realizá-lo, antes de tudo, Ivana?’ Ah, os sonhos, como eles nos fazem bem! Como sonhar move o mundo, não?! Um sonho realizado vale por uma vida! A alegria, a purificação que a realização nos trás...
Pergunto-me se sonhar é algo sempre bom. Pergunto-me quando o sonho vira ilusão. Quantas vezes não me iludi sem perceber?! Quantos amores inventados, não?! Quantas mortes não morridas e vidas não vividas... Ah, será que ainda sou a única a acreditar nos sonhos?! Acreditar no amor. Acreditas na felicidade. Acreditar nos contos de fadas.
Me sinto uma estranha nesse mundo de loucos. Me sinto uma normal em um mundo de anormalidades. Ser como os outros parece ser tão fácil e simples, por que eu não consigo? Por que não consigo deixar de sonhar, de acreditar em coisas que ninguém mais acredita? ‘O que eu tenho de errado? Será que é a minha futilidade? Será que é a minha sede de viver que assusta as pessoas? Será que é a necessidade por complemento, por afeto?’ É como se todos vissem em preto e branco e eu insisto em descobrir as cores.
Por mais amigos que eu tenha tido nessa minha pequenina vida, por mais amor que tenha recebido de todos aqueles próximos, parece que falta algo. Um vazio que ecoa dentro da gente, que toma conta, que faz doer no fundo da alma! É como se no final do dia toda a diversão, os risos, as brincadeiras, descobertas, tudo, acabe assim, num vazio, num buraco sem fundo, no infinito.
Me pergunto se chega a ser apenas infantilidade, como vários já disseram. (Nossa, como dói, como dói quando dizem isso; quando dizem que ‘não cresceu, não aprendeu com as experiências da vida’) Me pergunto se é ilusão, se é só descrença na humanidade.
Será que ninguém mais sente isso, esse vazio? Pessoas te observam o tempo todo, mas já parou pra pensar se alguma delas realmente o vê?! Eu vi uma vez. Só uma. Nossa, como foi lindo, ver alguém, a essência, não a matéria, a alma. É uma coisa tão pura. É de arrepiar e ao mesmo tempo dá uma vontade de rir e sei lá...
Será que o amor é isso? Ver uma alma, a sua alma, em alguém? Se for isso acho que amar deve ser tão difícil! Nossa, a insegurança é tão grande que deixamos transparecer apenas o fútil, o comum, o anormal. E a essência, o diferencial do homem, o que a gente faz com ele, coloca onde? Será que algum dia alguém vai me olhar e me ver? Até mesmo eu, será que vou ver alguém? Será que eu realmente já vi alguém? Será que as pessoas se importam? Será que queremos ser vistos, queremos nos expor ao ridículo, a julgamento, compartilhar nossos maiores segredos?
Acredito que sonhos são as vontades, manifestações verdadeiras da gente. Sonho muito. Acredito em coisas que ninguém mais acredita tendo motivos pra não acreditar. Sou infantil. Sou fútil. Sou normal. Tenho sede de viver. Quero me expor! Quero que se exponham! Quero que me vejam, e não apenas observem. Quero compartilhar meu infinito particular. Quero que queiram compartilhar. Quero que se interessem. Quero... Quero... Quero tanta coisa!
Quero sentir o que não senti, sabendo como é esse sentir.

“...quando as almas conseguem sobrepor-se à fascinação dos sentidos, atraídas pelas afinidades do espírito, a compeenção das respectivas aspirações se amplia e permite lavrar a mútua felicidade.”

domingo, 13 de setembro de 2009

Someone tries to hide himself


Nossa, como eu estou adorando ler as postagens do meu grande mestre, um amigo além de tudo, Murilo! Caramba! Eu refleti sobre tanta coisa em dois dias! Chego a ficar com raiva quando termino de ler! Raiva de mim! Raiva das merdas que eu faço!


O que mais ficou na minha cabeça hoje foi a reflexão em relação ao medo... Medo de tudo que é novo.

Nossa, como me dá uma angústia ver pessoas que eu gosto taaaanto se prejudicando, sem nem ter consciencia disso, por medo de tentar uma coisa nova, medo de deixar a inércia de lado.

Viver é arriscar tudo (que na verdade é pouco) que se tem constantemente, a cada dia, minuto, escolha. Deixar o medo tomar conta da gente, reger a nosso destino, é desistir de viver! É não fazer por merecer! Não merecer a própria vida!

O medo muitas vezes fica oculto na gente... ninguém quer ser reconhecido como o medroso, o covarde. Quem tá 'de fora' vê o que quem tá 'dentro' nao vê, ou seja, muitas vezes nao se tem a consciencia daquilo, mas um amigo proximo por exemplo percebe... tenta até ajudar, alertar!


Cara, que vontade que dá de sacudir algumas pessoas ò.ó


Tá, tá. Eu mesma ja perdi MUITA coisa por medo! Nao quero julgar ninguem! Nao quero MESMO! Mas nossa! Gente, nao perca NADA! NAAAAAAAAAADA por medo! Nossa, viver é a coisa mais difícil do mundo! Morrer é tão simples e fácil! E como a vida, apesar de estar constantemente por um fio, luta para que ela sobreviva, sempre! (Discussão com minhas duas GRANDES amigas, Renata- Rê e Cibelih- Cih) Ela é super frágil e super forte ao mesmo tempo! Por isso devemos evitar que essa maravilha que é a vida seja vivida de forma miserável, triste e reprimida!


Vivam, mas com consciencia disso!


(8) Someone finds salvation in everyone
And another only pain
Someone tries to hide himself
Down inside himself he prays
Someone swears his true love
Until the end of time
Another runs away
Separate or united?
Healthy or insane?
And be yourself is all that you can do
(All that you can do)
(...)
Even when you've paid enough,
Been pulled apart
Or been held up
With every single memory of
The good or bad Faces of luck
Don't lose any sleep tonight
I'm sure everything will end up alright
You may win or lose
But to be yourself is all that you can do
(8)

sábado, 12 de setembro de 2009

And the wind blew

Andei pensando em aproveitar meu tempo livre, e transformá-lo em algo produtivo, de certa forma. Depois de ler uma linda postagem de um grande amigo pensei, 'por que não'? Quero aprender a dizer o que penso ao invés de comprimir tudo e 'sofrer' sozinha; quero dividir minhas alegrias e sei lá... me divertir um pouco com as palavras (:
Hoje eu andei pensando como cada ser desse imenso universo é solitário e sempre procura se ligar a alguém, ou a algo que o faz sentir parte de qualquer coisa. Eu sou muito assim, tenho medo de aceitar minha solidão, minha individualidade... sempre procuro me conectar ao inconectável... Acabo me metendo em frias e sofrendo no fim das contas. É uma pena não 'conseguir' aceitar as coisas com elas são e se apaixonar pelo utópico e inventário.

Sábados, na minha opinião, são sempre frustrantes já que deveriam ser dias para diversão e descanço, mas com o final do ano chegando e o final da vida escolar, a chegada da vida universitária, o que eu mais quero agora é passar mais tempo possível com as pessoas que me alegram durante manhã, tarde e noite, e que talvez eu nunca mais veja! É um sentimento de dor, alegria, angustia, medo, solidão, alívio... Inexplicável!